Os "Portões do Inferno" estão se fechando. Turcomenistão apaga um grande incêndio

A cratera Darvaza, no deserto de Karakum, no Turcomenistão, conhecida mundialmente como "Portões do Inferno", está começando a se extinguir. Após mais de meio século de queimadas contínuas, as autoridades conseguiram perfurar poços laterais que reduziram significativamente as chamas no centro do sumidouro, disse Irina Luryeva, da empresa estatal Turkmengaz.

Conforme relatado por Luryeva, a área envolta em chamas foi reduzida a três vezes. "Enquanto antes o brilho era visível a muitos quilômetros de distância (...), hoje resta apenas uma pequena fonte de ignição", disse ela.

As autoridades do país decidiram tomar essa medida devido às emissões significativas de metano nocivo na atmosfera e às perdas econômicas causadas pela queima descontrolada de gás. Anteriormente, em 2010 e em 2022, foram feitas tentativas de extinguir as chamas, mas sem sucesso.

A história de "Portões do Inferno" remonta a 1971. Naquela época, engenheiros soviéticos, perfurando em busca de petróleo , encontraram uma câmara de gás vazia . A plataforma desabou e, para evitar a emissão de gases tóxicos, decidiu-se incendiar o metano que vazava . A chama deveria se apagar depois de alguns dias, mas queima até hoje.

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A cratera iluminada por chamas , com cerca de 70 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade, está localizada 260 quilômetros ao norte da capital, Asgabate , e é conhecida como a principal atração turística do país. Em 2013, a região foi designada reserva natural e, quatro anos depois, recebeu o nome de "Brilho de Karakum".

Vazamentos de gás em vários locais do Turcomenistão fazem do país o maior emissor mundial de metano, de acordo com a Agência Internacional de Energia.